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A conquista inédita por Bia Vaz


Flamengo conquistou o título depois de perder a primeira partida da final por 1 a 0 (Foto: Robson Fernandjes/Allsports)


Beatriz Vaz e Silva, 30 anos, meia do Flamengo e da Seleção Brasileira Feminina Permanente é atual campeã brasileira de futebol feminino pelo time carioca. Bia Vaz, como é conhecida, já jogou em times como Foz Cataratas (PR), Boston Breakers (EUA) e Ferroviária de Araraquara (SP), e conta como foi a conquista inédita do Flamengo. A jogadora e o atual elenco entraram para história do clube após derrotar o Rio Preto por 2 a 1 no estádio Anísio Haddad, em São José do Rio Preto (SP) na sexta-feira (20/05) e conquistar o primeiro título do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino.

Como foi ajudar ganhar o primeiro título brasileiro feminino de um clube tradicional como o Flamengo? Foi muito especial, porque sempre seremos lembradas como o primeiro time do Flamengo/Marinha a ter conquistado um título de campão brasileiro.

Qual foi a sensação de perder o primeiro jogo da final? Houve muita pressão? No futebol não existe tempo para muita felicidade ou tristeza. Precisávamos estar focadas e concentradas para o próximo jogo, portanto, ou nos organizávamos ou perderíamos novamente.

Como foi a preparação para a grande final depois dessa derrota? Tentamos descansar e em nenhum momento perder o entendimento da dificuldade que nos aguardava.

Para você, qual foi o momento decisivo do último jogo para a vitória? O gol logo no início da partida (gol de pênalti de Larissa aos cinco minutos do primeiro tempo) nos trouxe confiança para continuar firme.

Qual sua avaliação do time durante o campeonato e os jogos da final? Um time aguerrido que soube lidar com as dificuldades e transformar frustrações em motivação para superar e seguir em frente.

Como foi a comemoração do time após o título? Todos juntos, atletas e comissão. Naqueles instantes nos vem a cabeça tudo que passamos e como estava sendo significativo aquele momento para cada um de nós.

Como é a participação da torcida nos jogos femininos? Receberam apoio de organizadas nas partidas? As organizadas compareceram em alguns jogos. Ficamos felizes em ver que tiveram interesse de participar e fazer parte da disputa junto com a gente.

Há muita pressão jogando fora de casa? Como enfrentaram essa pressão no último jogo? Eu digo sempre o feminino não tem casa. Porque é muito difícil jogarmos em um mesmo lugar por todo o campeonato. Em um momento ou outro vão surgir eventos que são considerados mais importantes do que os nossos jogos e quem muda de lugar é sempre o feminino.

Tem algum ritual em dia de jogo? E em dia de decisão? Uso meu escapulário até o último instante de sair do vestiário.

O título deu uma motivação a mais para jogar a Olimpíadas? Todas as conquistas nos trazem motivação para buscar o melhor cada vez mais.


Bia Vaz disputa a semifinal do campeonato contra o Ferroviária de Araraquara (Foto: Marcos de Paula/Allsports)

Qual foi sua sensação ao ser sorteada no draft para o Flamengo? E depois disso, como foi sua identificação pessoal com o clube? Me senti orgulhosa e lisonjeada por ter dividido a construção de uma história bem bonita dentro da Flamengo/Marinha. Além disso, dividir o campo com mulheres incríveis que buscam o tempo todo lutar pela modalidade.

Acredita que o draft é uma boa solução para o equilíbrio das equipes no Brasileiro? Acho que foi uma forma interessante de atrair atenção para a modalidade e trouxe a possibilidade de times sem tanta tradição no futebol feminino contar com atletas da seleção.

Para você, chega desse papo de...? Chega desse papo de que mulher só pode brincar de boneca!

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