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Após lesão, capitã da Seleção Feminina se prepara para os Jogos Olímpicos do Rio

Longos oitos meses de recuperação. Este foi o tempo que Bruna Benites, capitã da Seleção Brasileira Feminina Permanente teve que ficar longe dos gramados após uma cirurgia do ligamento cruzado no joelho esquerdo. De volta à equipe, a zagueira esquece a frustração de ter ficado fora do Mundial do Canadá e do Pan-americano no Chile em 2015 e projeta um grande 2016 com as Olimpíadas no Brasil.

Em entrevista para o Chega Desse Papo a atleta lembrou que “Não foi fácil ficar tanto tempo sem poder treinar e jogar, que são coisas que amo fazer. Foram meses de muito aprendizado e muita paciência. Fazia fisioterapia todos os dias na clínica e em casa, inclusive durante as festas de final de ano. Felizmente tudo isso já passou e agora me sinto mais forte do que antes”, contou a jogadora.

Quem é atleta sabe que os riscos de lesão acontecem todos os dias e mesmo com a tristeza de ficar fora de campeonatos importantes, ela não mudou nenhuma fase do tratamento para que sua recuperação fosse mais rápida. “Cumpri todas as etapas do tratamento exatamente da maneira que tinha que ser, pois tentar acelerar o processo muitas vezes pode causar alguns problemas a longo prazo. É muito importante retornar forte e com a musculatura equilibrada para não correr o risco de uma nova lesão”, completa.


Bruna Benites projeta ouro inédito nas Olimpíadas do Rio (Foto: André Borges)


Durante essas longas etapas a jogadora esteve ciente que mesmo com a dor, o que estava fazendo era para o próprio bem, algo que custou muita paciência, disciplina e determinação. A maior motivação durante a recuperação foi a oportunidade de disputar os Jogos Olímpicos no Brasil. “O maior objetivo é as Olimpíadas no Rio de Janeiro. Com certeza esse foi o maior incentivo para me recuperar. Disputar mais uma Olimpíada, porém, desta vez, dentro do meu país”, explica.

Recuperada e treinando com as outras jogadoras, a expectativa para as Olímpiadas é a melhor possível, o incentivo de familiares dentro de casa é um apoio importante para buscar o primeiro lugar no pódio. “O Brasil ainda não tem uma medalha de ouro olímpica no futebol e a possibilidade de poder fazer parte de uma conquista inédita aumenta ainda mais minha motivação. Não existe motivação maior do que disputar a maior e mais importante competição esportiva do mundo dentro do meu país, sabendo que minha família e meus amigos estarão assistindo”, afirma.

O suporte da família é um incentivo essencial, porque desde o início de sua carreira, Bruna recebeu apoio dentro de casa. A zagueira começou a jogar profissionalmente aos 25 anos, depois de terminar o curso de Fisioterapia, atuando pelo Foz Cataratas Futebol Clube (PR) e São José Esporte Clube (SP). Antes disso, ela também jogou quatro anos no Comercial Esporte Clube (MS), onde é inspiração e exemplo para as meninas do estado.

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